Lubrificação feminina: tudo o que você precisa saber

Lubrificação feminina é um tema que gera muitas dúvidas. O que é? Como ela ocorre? O excesso indica algum problema? Quais são as causas do ressacamento vaginal?

Neste post, você confere as respostas para essas e outras perguntas frequentes. Confira abaixo:

O que é lubrificação feminina?

Antes de mais nada é importante esclarecer o que é lubrificação feminina.

Em linhas gerais, a lubrificação nada mais é do que um líquido formado por substâncias como o muco produzido pelo colo do útero, células descamadas da vagina e do colo e fluido produzido pelas glândulas de Bartholin e Skene.

Quando o assunto é lubrificação é importante esclarecer que existem diferenças entre a lubrificação diária e aquela que favorece a relação sexual. No caso da primeira, ela é proveniente do canal vaginal e do colo do útero.

Já a lubrificação que prepara a mulher para a atividade sexual provém das glândulas de Bartholin, estruturas arredondadas localizadas perto da abertura da vagina em ambos os lados da vulva, e das glândulas de Skene, localizadas ao redor da abertura da uretra.

Outros componentes muito importantes para a lubrificação são os hormônios. O estrogênio, por exemplo, é responsável por estimular o funcionamento das glândulas e manter as células da região íntima ativas. Enquanto que a progesterona cumpre o papel de dificultar a passagem de microrganismos pelo colo.

Agora que você já sabe o que é lubrificação íntima, confira as principais dúvidas e suas respostas sobre o assunto:

Dúvidas frequentes sobre lubrificação feminina

O excesso de lubrificação indica algum problema?

Primeiramente, é importante esclarecer que não existe um padrão para a lubrificação feminina. Em outras palavras, a lubrificação dependerá do grau de excitação e do organismo de cada mulher.

Em alguns casos, a mulher pode produzir líquido em excesso, chegando até mesmo a escorrer pelas pernas e a molhar as roupas íntimas. No entanto, apenas o excesso não indica a ocorrência de algum problema.

Geralmente, o sinal de alerta deve ser ligado caso o excesso acompanhe sintomas como dor, coceira ou ardência. Se esse for o seu caso, é essencial consultar-se com um ginecologista para que o médico avalie a sua situação.

É possível aumentar a lubrificação feminina?

Outra questão que costuma gerar dúvidas em muitas mulheres é a possibilidade de aumentar a lubrificação feminina. Já adiantamos que a resposta não é simples, depende de cada caso e da avaliação médica.

No entanto, em algumas situações, existem soluções, como tratamento de infecções, reposição de hormônios, uso de lubrificantes, tratamento com laser vaginal, entre outras opções.

O ciclo menstrual pode influenciar na lubrificação feminina?

Sim. No caso de mulheres que têm o ciclo natural, ou seja, sem o uso de anticoncepcional hormonal, é possível perceber esse aumento com facilidade. Durante o período de ovulação, por exemplo, duas situações podem ocorrer: o aumento da lubrificação e a mudança na cor e na consistência desse fluido.

Existem alimentos que podem aumentar a lubrificação?

Para quem já se perguntou se alguns alimentos alteram a lubrificação íntima, a resposta é: não diretamente. Isso porque não existe nenhuma comprovação científica que indique que a alimentação influencia na questão da quantidade de fluido produzido pela mulher.

No entanto, é importante pontuar que alimentar-se de maneira adequada é algo importante para manter a vagina saudável. Nesse sentido, no dia a dia, tente consumir alimentos como verduras, frutas e iogurtes.

O estresse pode influenciar a lubrificação feminina?

Sim. Fatores como estresse, cansaço, variações hormonais e ansiedade podem influenciar a lubrificação. No caso do estresse, ele pode facilitar mudanças na flora vaginal, contribuir para o surgimento de infecções e, consequentemente, mudar a secreção vaginal.

Quais são as causas para o ressecamento vaginal?

Por fim, uma pergunta muito comum sobre o tema é em relação ao ressecamento vaginal. Além de gerar incômodos no dia a dia, o ressecamento pode causar ardência, coceira e dor durante a relação sexual.

De acordo com a ginecologista Dra. Giulia Cerutti, em entrevista ao Portal Drauzio Varella, os principais fatores relacionados à falta de lubrificação na mulher são a atrofia genital e os fatores psicológicos.

Geralmente, o ressecamento está relacionado à diminuição nos níveis de estrogênio no corpo que, como já vimos, é um hormônio que estimula as glândulas e as células responsáveis por manterem a hidratação da região íntima.

Menopausa, amamentação, uso de medicamentos específicos, remoção dos ovários, quimioterapia e radioterapia são as principais situações que contribuem para a queda do estrogênio no organismo.

Porém, é importante ressaltar também que se a lubrificação diminui no momento da relação, a causa pode estar relacionada a diversos outros fatores, como baixa libido e distúrbios e problemas psicológicos como ansiedade e depressão.

Além disso, a lubrificação vaginal também pode sofrer alterações com o uso de anticoncepcionais, doenças autoimunes e tabagismo.

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