Você já ouviu falar sobre hipersexualidade? Saiba como identificar

Tudo o que é demais nunca faz bem, a hipersexualidade, é uma compulsão sexual e recebe esse nome por ser um transtorno obsessivo por sexo, a busca incessante pelo prazer afeta cerca de 3% da população mundial onde se falta controle sobre pensamentos sexuais recorrentes.

Pessoas com hipersexualidade tem desejos sexuais que fogem do seu controle, a maioria do público é masculino, mas muitas mulheres também podem sofrer com a compulsão. 

A compulsão ainda pode levar outros nomes como Ninfomania (apenas no caso de mulheres) e também como Transtorno do desejo sexual hipoativo. Caso você já tenha visto esses outros nomes, eles são variações de nome para a hipersexualidade.

Como identificar?

Os primeiros sinais aparecem no começo da vida adulta, quando a pessoa começa a relacionar tudo o sexo, também se fantasiam, se masturbam e tem sonhos eróticos frequentemente, criando uma dependência sexual mais intensa ao decorrer dos anos e que se diferencia de outras pessoas. 

A compulsão se torna tão intensa ao ponto da pessoa sentir dificuldade de se controlar independente do lugar onde estejam, em alguns casos acabam abandonando tarefas do dia a dia como dormir, comer, trabalhar adequadamente apenas para praticar ou pensar em sexo.

Consequências 

Pode parecer bobo, mas a hipersexualidade traz muitas consequências para a vida de quem tem, como impedir de realizar atividade sociais e também riscos físicos e psicológicos.

Por conta da compulsão, muitas vezes as pessoas se expõe a situações de risco como sexo sem preservativo e falta de critério para escolher o parceiro(a) e dessa forma correndo o risco de doenças, infecções sexualmente transmissíveis e também uma gravidez não planejada.

Frutas em fundo roxo

E também se torna extremamente vulnerável psicologicamente, por não conseguir realizar atividades comuns como dormir, comer e trabalhar, causando outros problemas como ansiedade, insatisfação, angústia e vergonha.

Em alguns casos a hipersexualidade pode levar ao fim de relacionamentos, e ainda deixar traumas no parceiro ou parceira posteriormente.

“É comum observar como os pacientes usam os comportamentos sexuais (como pornografia, prostituição, bate-papos ou webcams sexuais) para regular seu mundo afetivo. Quando os pacientes com dificuldades não conseguem gerenciar suas emoções, eles procuram o sexo para buscar serenidade.”

BBC News Brasil

Qual o limite entre o normal e a hipersexualidade?

O sexo é prática saudável e comum a todos, portanto sentir vontade de praticar não te torna uma pessoa com hipersexualidade.

A hipersexualidade é um vício, compulsão, assim como visto com drogas, a diferença é que ela afeta a sua vida sexual e nesse caso a pessoa deixa de fazer tudo o que é comum para se dedicar apenas a esse hábito.

As pessoas com hipersexualidade fazem qualquer coisa para satisfazer seus desejos sem pensar ou se importar com as consequências e riscos. O desejo por sexo é compulsivo, sendo difícil ter controle sobre, assim como o cérebro vai fazer buscar estímulos sexuais a todo o momento, assim como um alcoólatra em busca de álcool.

Quais são os principais causadores da hipersexualidade?

  • Encontrar no sexo como a maneira de se livrar de problemas e insatisfações
  • Desequilíbrio de neurotransmissores que pode ser causado por genética ou trauma
  • Trauma sofrido no passado 
  • Demência causada principalmente pela idade (idosos)

Sintomas mais frequentes 

  • Fantasias, desejos e/ou comportamentos sexuais intensos e recorrentes
  • Comportamentos sexuais, incluindo compulsão por acessar pornografia, interferem de forma consistente com outras atividades e obrigações
  • Os comportamentos ocorrem em resposta a estados de humor como ansiedade, depressão, tédio, irritabilidade ou eventos estressantes da vida
  • Esforços consistentes, mas sem sucesso, para controlar ou reduzir fantasias, impulsos ou comportamentos sexuais
  • Comportamentos sexuais, enquanto desconsidera o potencial de dano físico ou emocional a você mesmo, ou a outro
  • A frequência ou intensidade das fantasias sexuais, impulsos ou comportamentos causam sofrimento, ou prejuízo a você mesmo, ou a outros
  • Você trai o(a) seu(sua) parceiro(a) recorrentemente, e em seguida se sente envergonhado por isso
Mulher contra a luz

Tratamento

Ao compreender que a hipersexualidade é uma doença não um tabu, médicos como psicólogos, terapeutas e até psiquiatras podem ajudar no controle da compulsão para poder proporcionar uma melhor qualidade de vida para essas pessoas.

Nesse caso, o paciente precisa compreender e buscar novas formas de prazer além do sexo, os tratamentos mais comuns são:

  • Terapia cognitiva-comportamental: O objetivo é fazer a pessoa se abrir sobre a sua hipersexualidade com um grupo de pessoas, para compreender e falar sobre o seu problema de forma mais aberta e também receber apoio.
  • Psicoterapia: O profissional vai avaliar todo o histórico de vida e a relação com a compulsão sexual.
  • Remédios:  Nesse caso, a medicação só é recomendada em casos onde a hipersexualidade se liga a outras doenças psicológicas como ansiedade e depressão. O psiquiatra pode receitar medicamentos que vão diminuir o desejo sexual, assim como os sintomas da depressão.

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