07 mitos e verdades sobre amamentação
Considerado por muitos um dos pontos mais altos da maternidade, a amamentação é um período de desafio para o bebê e mamãe, que estão aprendendo a se reconhecer no mundo externo e cheio de novidades.
Ao contrário do que muitos pensam e é ensinado através de má informação sobre a amamentação, ela não é um processo automático. Tanto o bebê como a mamãe precisam aprender a lidar com os desafios que ela representa.
É bastante normal que surjam dificuldades durante o período de adaptação, como a pega correta, dor, cansaço e dúvidas se está tudo acontecendo da forma como deveria acontecer.
Os mitos que giram em torno da amamentação também dificultam o processo de informação corretamente e colocam em risco a saúde do bebê e da mãe. Para ajudar você a sair desse ciclo, selecionamos 7 mitos e verdades sobre a amamentação. Vem com a gente!
Benefícios da amamentação para o bebê
Aos seis primeiros meses de vida, o leite materno é o único alimento que a criança precisa, não sendo necessário oferecer água ou chás, e muito menos alimentação nesse período. Ele fornece todos os nutrientes necessários para o pleno desenvolvimento infantil.
A amamentação deve ser exclusiva até os 06 meses de idade. Os médicos, inclusive, estimulam que ela seja mantida após os seus primeiros meses, como complemento à alimentação do bebê por, pelo menos, até os dois anos de idade.
Estudos recentes apontam que a amamentação, que é mantida até os dois anos ou mais, ajudam a prevenir o aparecimento de doenças no decorrer da vida da criança, como a obesidade infantil, alergias alimentares e diabetes tipo 2.
Benefícios da amamentação para a mamãe
Engana-se quem pensa que a amamentação só traz benefícios para o bebê. Amamentar o filho também traz benefícios para as mães, protegendo-as contra fraturas ósseas, além de auxiliar na prevenção de artrite e artrose (doença autoimune que provoca inflamação severa nas articulações), além de reduzir o risco do aparecimento de câncer nos ovários e mamas.
Quando essa amamentação é feita de forma exclusiva, também conta com um potente fator anticoncepcional (mas atenção, para diminuir ainda mais as chances de uma nova gravidez, converse com seu médico a fim de traçar um planejamento e medicações que possam ser administradas durante o período).
Mitos e verdades sobre a amamentação
Selecionamos alguns mitos e verdades mais difundidos entre os ditos e crenças populares para você estar preparada. Acompanhe o nosso artigo.
A criança deve mamar a cada 2 ou 3 horas: Mito
Esse é um dos mitos mais conhecidos! A mãe deverá oferecer ao seu bebê leite à livre demanda, ou seja, sempre que o bebê sentir fome ou necessidade.
Cada criança é um ser individual, tem suas especificações e necessidades. Umas sugam mais que as outras, outras sentem mais sede, outras interrompem a mamada com mais frequência… Não há uma regra específica pra isso.
Quando a criança está satisfeita, ela solta a mama voluntariamente. Outras, acabam adormecendo no processo e soltam quando engatam no sono. É só observar como seu filho se comporta e você saberá.
Leite materno fraco: Mito
Cada mãe produz o leite adequado para o seu bebê e esse vai suprir todas as necessidades do bebê. Coloquem de uma vez por todas na sua mente: não existe leite fraco! O leite é produzido diariamente, na quantidade que o bebê necessita e pede para o corpo da mãe.
O que acaba ocorrendo em alguns casos é que o bebê vai crescendo e se desenvolvendo.
Com isso, seu estômago também vai crescendo e necessitando cada vez mais e mais de leite e com isso, de um dia pro outro, você começa a perceber que ele pede mamadas mais frequentes do que antes.
A recomendação médica é que você ofereça aos seu filho a mama quantas vezes esse solicitar, durante o dia e à noite.
Chupetas e mamadeiras interferem no aleitamento materno: Verdade
Os bicos de mamadeira e de chupeta aumentam o risco do bebê largar a mama de forma precoce. Isso porque os bicos desses acessórios acabam por confundir o bebê que está aprendendo tudo sobre o mundo- e o bico artificial é completamente diferente do bico do peito.
Outro fator a considerar é que essa confusão e a largada da mama pode contribuir para problemas fonoaudiólogos futuros e ortodônticos. Se você quer evitar qualquer problema do gênero, evite, também, o oferecimento desses acessórios à criança.
As fórmulas de leite são quase iguais ao leite materno: Mito
As fórmulas vendidas em farmácias e supermercados, embora tenham evoluído e contem com a tecnologia da nutrição à seu favor, ela não conta com anticorpos, células vivas, hormônios e nem enzimas que estão presentes no leite materno.
Outro fator a prestar a atenção, é que o oferecimento de fórmulas sem supervisão médica podem fazer com que o bebê desenvolva alergia à proteína do leite de vaca.
Ansiedade e estresse prejudicam a produção do leite materno: Verdade
A adrenalina que é liberada quando estamos em picos de estresse ou ansiedade acabam por interferir na quantidade do hormônio prolactina, que é o responsável pela produção de leite.
Contudo, não precisa se assustar: essa diminuição é algo momentâneo e tende a se regularizar com o passar das horas.
Para evitar isso, sempre que for fazer a amamentação, prefira escolher lugares calmos e tranquilos. Faça desse momento de mamada algo exclusivo entre você e seu filho.
Quanto mais líquido a mãe beber, mais leite produz: Mito
A mãe vai conseguir produzir leite independente da quantidade de água que ela for ingerir durante o dia. O que ocorre é que muitas mulheres sentem mais sede durante o processo de amamentação, justamente porque o corpo “pede” para repor o líquido que está saindo durante o aleitamento.
Por via das dúvidas, durante o período de amamentação, ingira ao menos, 3l de água e respeite seu corpo toda vez que sentir que precisa ingerir líquidos.
O bebê que mama não precisa de água: Verdade
Logo no começo da mamada do bebê, 80% do líquido que vem à boca é, basicamente, composto por água. Ele é o suficiente para matar a sede do bebê além de ser rico em anticorpos.
O leite da mamãe possui em sua composição, 87,5% de água, uma baixa carga de soluto para que não haja sobrecarga renal no bebê. Com isso, fique tranquila: o bebê não precisa de água- e se ele sentir sede, vai pedir a mama que deverá ser oferecida imediatamente.
Oferecer água com frequência faz com que o espaçamento entre as pegas fique diminuído e a nutrição do bebê seja comprometida.
Curta o momento da amamentação
O segredo para aproveitar ao máximo esse momento de sintonia entre mãe e filho (a) é fazer desse momento, algo único e especial. É um sentimento que vai se despertando aos poucos e você não precisa ter pressa: a natureza vai se encarregar desse processo naturalmente.
Na hora da amamentação, esteja confortável. Para isso, prefira sutiã feminino de amamentação que vai facilitar a mamada tanto para você quanto para o bebê. Procure sempre um lugar calmo, onde você consiga desfrutar desse momento junto com ele.
Você ainda tem mais alguma dúvida sobre a amamentação? Escreva para a gente nos comentários! Se você tem alguma dica para uma mamãe de primeira viagem, escreva também.