O que é shibari? Conheça a técnica oriental do BDSM
O Shibari atrai cada vez mais pessoas. A antiga arte japonesa da bondage com corda se tornou fantasia sexual de muitos, afinal pouquíssimas pessoas não quiseram ou querem ser amarradas no quarto.
É bem provável que você tenha ouvido falar do BDSM, a sigla que significa Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão e Sadomasoquismo. O Shibari é uma das práticas eróticas que está dentro desse mesmo grupo, e que também pode ser conhecido como bondage de corda japonesa.
Porém, se você realmente não conhece e está curioso para saber o que é o shibari – e também a prática de BDSM – selecionamos todas as informações que você precisa aqui no nosso post.
O que é o Shibari?
O Shibari é uma técnica antiga de dominação da arte japonesa realizada com cordas. Assim, tornou-se uma prática muito usada para amarrar as pessoas e até se tornou uma expressão artística de autocuidado. Um dos fatos essenciais no Shibari é dar prazer ao outro mas sem que as cordas os machuque.
Qual a origem da prática?
A prática do Shibari, inicialmente era conhecido como Hojojutsu, surgiu no Japão como uma arte marcial feita pelos samurais e o seu objetivo era conter, transportar e até torturar prisioneiros com cordas.
As amarrações eram feitas de acordo com os crimes cometidos, tendo um propósito funcional porém também estético e simbólico.
Já o que conhecemos hoje como shibari ou kinbaku seria uma cultura dentro do BDSM e dessa forma se tornou uma prática com finalidade sexual e até dolorosa se assim desejarem.
Foi durante o início dos anos 1900, perto da Segunda Guerra Mundial que o shibari começaria a se espalhar pelo mundo.
As mudanças de interpretação e prática da técnica se adaptam e mudam até hoje e já é possível fazer parte de aulas, eventos e oficinas para aprender e praticar o shibari.
O shibari pode ser incompreensível para pessoas que nunca a pesquisaram ou não possuem origens japonesas, porém a complexidade e a estética que essa técnica têm estão se tornando reconhecidas e apreciadas por muitas pessoas no mundo todo.
Mitos sobre o shibari
É apenas sexual?
Não, o shibari não precisa necessariamente ser sexual, mas claro, pode ser se você e seu parceiro(a) desejarem. A experiência com corda pode ter muitas interpretações e pode ter muitas motivações para ser feito e o prazer sexual é o mais comum.
É violento?
Não, o shibari não precisa de dor para existir e se caso haja dor ela precisa ser prazerosa e agradável. E para isso é importante que você confie e conheça a pessoa responsável por te amarrar e também impor limites e palavras de segurança se for o caso.
É degradante?
Definitivamente não, o shibari deve te fazer sentir confortável com você mesmo e nunca deve te fazer se sentir desconfortável ou desrespeitado e caso você sinta isso pare e afaste-se.
Benefícios principais do shibari
- Atenção: Ao ser estimulado em diversos ângulos diferentes, você acaba ficando atento mesmo sem perceber de uma forma que nenhuma outra prática.
- Consciência: Você se torna mais consciente de todas as sensações do seu corpo já que só vai se concentrar no que está acontecendo com seu corpo e não no que precisa fazer no trabalho, por exemplo. E ao se concentrar nisso seu corpo vai te recompensar com hormônios do bem-estar.
- Comunicação: Você aprende a se comunicar com o seu corpo com a outra pessoa sobre o que gosta e o que não gosta e até fazer isso sem dizer uma palavra.
Como praticar o shibari
Agora que você já entendeu o que é o shibari, por que não começar a praticar?
1- Corda de algodão
Para começar a praticar o shibari é importante que você tenha uma corda de algodão que segura bem os nós, podem facilmente ser lavadas e também não costumam causar alergias.
2- Comece com cordas curtas
Para iniciantes as cordas menores podem ser mais fáceis de manusear, já que as cordas mais longas podem enrolar ou emaranhar e se tornar bastante difícil de amarrar.
3- Tenha uma tesoura por perto
Ao praticar a bondage ou o shibari sempre recomendamos ter uma tesoura para emergências por perto, às vezes pode acontecer de os nós ficarem muito apertados e difíceis de tirar e para tirar pode ser necessário cortar a corda.
4- A técnica mais clássica de amarrar
A técnica de amarração mais clássica e fácil do shibari é amarrar o pulso direito na coxa direita e o pulso esquerdo na coxa esquerda, e caso a pessoa seja mais flexível pode fazer com os tornozelos.
5- Cuidados pós shibari
Mesmo a experiência sendo divertida e prazerosa é bom entender que às vezes as pessoas precisam de um tempo para assimilar o que aconteceu.
Isso significa que você não deve pressionar a pessoa a fazer de novo, e sim dar um tempo para a pessoa entender se quer ou não praticar a técnica novamente.
Leia também: 5 Benefícios do sexo pouco conhecidos