Empreendedorismo feminino

Mulheres na direção: histórias inspiradoras de empreendedorismo feminino

O aumento no número de mulheres que estão se aventurando no empreendedorismo pode ser atribuído à pandemia. Com a redução de oportunidades de emprego, muitas se viram no desafio de iniciar seus próprios empreendimentos para permanecerem no mercado de trabalho. Neste post, vamos conhecer histórias inspiradoras de mulheres no empreendedorismo feminino.

Helena Rizzo

A primeira a ser destacada é Helena Rizzo, uma mulher que abandonou uma carreira promissora no mundo da moda em São Paulo para se aventurar no empreendedorismo feminino, focando seu empreendimento na culinária.

Transitando dos ensaios fotográficos para estágios em restaurantes, sua determinação a levou a conquistar notáveis reconhecimentos, incluindo dois prestigiosos prêmios Veuve Clicquot. Além disso, ela foi reconhecida como a melhor chef da América Latina e a melhor chef mulher do mundo.

Alcançar essas distinções em uma idade jovem é um feito notável. Além de demonstrar habilidades culinárias exemplares, Helena Rizzo também se consolidou como uma das principais empreendedoras de sucesso e renome global do Brasil.

No momento, ela lidera um dos mais proeminentes e renomados restaurantes em São Paulo. Seu êxito a levou a ser escolhida como a face da campanha do perfume Sí, da Giorgio Armani.

Mary Kay Ash

Mary Kay Ash, uma empreendedora que exerceu um papel fundamental em inspirar inúmeras mulheres a adentrar o mundo do empreendedorismo. Vamos agora explorar sua trajetória de perto.

A icônica marca de produtos de beleza Mary Kay teve sua origem humilde em uma modesta loja situada no Texas. Inicialmente contando com apenas 5 itens, mas repleta de aspirações, essa empreendedora visionária chamada Mary Kay Ash estava no comando.

Com uma crença intrínseca em seu próprio potencial e a capacidade de trazer inovações ao mercado, Mary Kay desempenhou um papel fundamental ao capacitar inúmeras mulheres a abraçarem um estilo de vida “moderno”. Isso não apenas proporcionou oportunidades para jovens empreendedoras, mas também por meio dos produtos que enalteciam a beleza singular de cada mulher.

Até os dias atuais, a empresa Mary Kay continua a ser uma porta de entrada para inúmeras mulheres que nutrem o sonho de se aventurar no âmbito do empreendedorismo feminino. Esse legado, sem dúvida, é tributário da visão deixada por Mary Kay Ash.

Joelia Simples

Com um diploma em gastronomia, Joelia Simples sempre nutriu uma paixão pela culinária. No comando do grupo Bolo da Luz, essa empreendedora deu os primeiros passos com um empreendimento modesto, comercializando bolos juntamente com sua família em frente à Paróquia Nossa Senhora da Luz, na área de Pituba, após as missas dominicais.

É daí que o nome “Bolo da Luz” se originou. A popularidade dos bolos logo cresceu, impulsionando o negócio e incrementando a quantidade de pedidos e encomendas.

Foi nesse ponto que surgiu a concepção de disponibilizar seus produtos em diversos mercados locais ao longo da semana, contando sempre com a colaboração de seus dois filhos, Jamile e Joas Simples, os quais abandonaram suas profissões para se dedicarem integralmente ao empreendimento familiar.

Hoje, depois de oito anos desde o lançamento da marca, o grupo não apenas consolidou sua presença nas principais redes de supermercados em Salvador, mas também estendeu sua influência a outras cidades, como Simões Filho, Feira de Santana e Mata de São João (Praia do Forte), estabelecendo mais de 40 pontos de venda pela Bahia.

Durante a pandemia, os sócios introduziram novas submarcas como a Pizza da Luz, Brownie da Luz e as geleias e ambrosias da Vovó Lita. Além disso, desenvolveram o Pernil da Joe, uma receita idealizada pela própria chef para ocasiões festivas. O diferencial desses produtos está em sua elaboração artesanal, sem a utilização de conservantes, e na seleção de ingredientes de excelência.

Regina Tchelly

Regina é notável por ser a criadora do Favela Orgânica, cujo principal desígnio é transformar a cultura de consumo e reduzir o desperdício. Ela utiliza todas as partes dos alimentos cultivados de forma orgânica, convertendo as não-comestíveis em adubo através da prática da compostagem.

Desde os 19 anos, ela começou sua jornada como empregada doméstica. Foi uma antiga empregadora de Regina que a encorajou a seguir um curso de gastronomia, reconhecendo suas habilidades culinárias excepcionais. Isso expandiu suas oportunidades no mercado de trabalho e a empurrou para além dos limites. Dessa forma, o projeto Favela Orgânica ganhou vida, iniciando modestamente em 2011, baseado principalmente em sua habilidade para cultivo e alguns terrenos vazios.

Para além da venda de produtos alimentares saudáveis, Regina se tornou renomada por promover workshops aos residentes do Morro da Babilônia, orientando-os na criação de hortas na região.

Em 2012, ela foi honrada com o Prêmio Aliança de Empreendedorismo Comunitário, concedido pela Aliança Empreendedora. Em 2014, a Universidade de Ciências Gastronômicas de Pollenzo, na Itália, a convidou como palestrante especial para ministrar uma aula sobre o aproveitamento integral de alimentos.

Adicionalmente, ela ganhou o Prêmio Toda Extra na categoria gastronomia, bem como com o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios.

Camila Achutti

Com menos de 30 anos de idade, Camila emergiu como uma figura influente no setor de tecnologia, uma esfera que ainda evidencia significativas disparidades de gênero. Graduada em Ciência da Computação pela Universidade de São Paulo (USP), ela acumulou experiência em diversas empresas de renome, incluindo Google, Itaú, Intel, Leroy Merlin e Accenture, além de ter colaborado com a ONG americana Iridescent Learning, que se dedica à educação a distância no movimento maker.

No entanto, o escopo de suas realizações vai além disso. Camila estabeleceu um blog intitulado “Mulheres na Computação” e tem sido uma defensora incansável da igualdade de gênero no mercado de Tecnologia da Informação.

Ela também integra a equipe da Ponte21, uma empresa de consultoria vinculada à FIAP. Adicionalmente, desempenhou um papel fundamental no lançamento do desafio de empreendedorismo e tecnologia exclusivo para jovens do sexo feminino no Brasil, o Technovation Challenge Brasil.

Em 2015, Camila se tornou a primeira estudante latino-americana a receber o prêmio Women of Vision. No momento presente, suas jornadas a levam por todo o país, onde ela exerce um papel inspirador para outras mulheres, incentivando-as a moldar esse cenário de mercado.

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