Mulheres em esportes: quebrando barreiras e estereótipos
A presença de mulheres em esportes, sempre é discutida. Nos últimos torneios, como a Copa do Mundo e o US Open de tênis, a mídia e as pessoas começaram a prestar atenção nelas. Entretanto, os estereótipos ainda as afetam.
Os esteriótipos envolvem sensualidade, habilidades em jogar, comportamento, uniformes e por aí vai. Contudo, elas mesmos estão começando a quebrar esses, mostrando sua força, e podem fazer igual aos homens, e até melhor.
Nesse post, reunimos a história das mulheres no esporte e personalidades!
História das mulheres em esportes
As mulheres sempre tiveram que lutar para ocupar papéis, que foram inicialmente destinados aos homens, como o de diretores e roteiristas, que agora estão ganhando uma maior presença feminina. No esporte, isso não foi diferente, foram excluídas desde o seu início na Grécia Antiga, já que não eram vistas como cidadãs. Por um momento, durante a idade média, elas puderam jogar bola junto dos homens.
Entretanto, foi em 1900 que foram autorizadas a participar como atletas. Durantes as olimpíadas de Paris, 22 mulheres estavam presentes no Golfe, Criquet, tênis e vela, com o tempo novas modalidades foram liberadas.
A situação do Brasil em 1941 era diferente, pois a Lei 3.199 proibia a participação das mulheres em esportes. Entretanto, durante a Ditadura, Aída do Santos deu um passo à frente e foi até Tóquio sem qualquer suporte, alcançando o melhor resultado no salto em altura até aquele momento
Dessa forma, as mulheres foram vendo resultado em suas lutas. A olimpíada de 2012, em Londres, foi a primeira a contar com mulheres em todas as modalidades.
Os esteriótipos
Um esteriótipo nada mais é que um padrão imposto pela sociedade, no qual é julgado uma característica de uma pessoa, sem olhar para suas particularidades. E no caso do esporte, esse padrão é reforçado pelos homens.
Biotipo
De forma recorrente, os homens afirmam que um esporte, como o levantamento de peso, não é adequado para mulheres, pois na opinião deles, as mulheres são mais fracas.
É claro que naturalmente os homens possuem uma força maior, mas nada impede que as mulheres frequentem a academia, tomem hormônios para chegar a uma forçam força satisfatória.
Desigualdade de Gênero
Além do constante desmerecimento no esporte, em outras palavras, o preconceito no esporte, as mulheres ainda recebem menos que os homens, quando são pagas. Por exemplo, a craque Marta, eleita 6 vezes a melhor jogadora do mundo, ganha 400 mil dólares por ano, enquanto o jogador Neymar ganha em média 500 milhões de dólares, segundo uma matéria da CNN que utilizou o levantamento da Forbes.
Em 2015, a seleção brasileira não tinha nem um uniforme próprio e precisava jogar com uma versão adaptada do masculino. Mas nada as impediu de continuar lutando por igualdade.
Mulheres que quebraram barreiras
Como já mencionamos aqui, a sociedade por ser patriarcal sempre priorizou o esporte masculino, mas isso nunca impediu a força das mulheres em irem atrás daquilo que desejam. Sendo assim, algumas mulheres ganharam destaque.
Maria Lenk
Filha de imigrantes alemães, foi importante para história feminina na natação. Após ter uma pneumonia, seus pais incentivaram a natação para fortalecer o pulmão. No ano de 1932 conquistou sua primeira medalha na Travessia de São Paulo a nado, a vitória se repetiu por 4 vezes.
Foi a primeira mulher sul-americana a participar de uma olimpíada, em 1932. Doze anos depois, ela havia quebrado dois recordes mundiais no nado de 200m e 400m peito. Aos 27 anos, ela decidiu encerrar a carreira de nadadora, para fundar a escola de Educação Física, na atual Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Em 1988, entrou para o hall da fama internacional da natação. Da mesma forma que as águas o deram razão de viver, elas fizeram a descansar em paz, aos 92 anos ela faleceu na piscina após passar mal.
Nadia Comanenci
Ginasta Romana, fez história com apenas 14 anos ao obter nota dez nas Olimpíadas de Montreal em 1976. Começou a treinar aos 6 anos, e desde então participou de torneios, e em 1971 conquistou sua primeira medalha em um campeonato internacional.
Após participar do campeonato pré-olímpico, chegou sua hora de brilhar nas olimpíadas, onde conquistou a maior nota nas barras assimétricas. Participou também das olimpíadas seguintes, em Moscou, na qual também ganhou medalhas.
Ela encerrou sua carreira em 1984, casou e construiu uma academia de ginástica em Oklahoma.
Marta Silva
Eleita seis vezes pela FIFA, como melhor jogadora do mundo, Marta começou a jogar no Centro Esportivo Alagoano (CSA) e contratada a pelo Vasco da Gama.
Sua carreira alavancou de forma rápida, e foi jogar em times do exterior como: Los Angeles Sol, Umea IK, Orlando Pride e mais. Nesse meio tempo, jogou pelo Santos e em 2003 vestiu a camiseta da seleção brasileira pela primeira vez.
Sua trajetória na seleção foi longa, foram vice-campeãs olímpicas, da copa do Brasil e Libertadores. Mas nunca conquistaram uma Copa do Mundo, Marta inspirou diversas meninas a jogarem bola e mesmo encerrando sua participação na seleção, sempre será um grande nome
Serena Williams
Nascida em um bairro pobre dos Estados Unidos, seu pai se dedicou para virar uma grande tenista. Serena venceu 23 torneios de Grand Slam, o primeiro em 1999 e 14 na companhia de sua irmã Venus Willians, além desses conquistou olimpíadas e outros torneios.
Serena é uma mulher negra, por isso enfrentou racismo durante sua carreira, contou que chegou a chorar no vestiário de arenas por conta do racismo que ela e sua família sofriam.
Elaine Thompson-Herah
A jamaicana é a mulher mais rápida do mundo. Durante as olimpíadas do Rio de Janeiro, bateu o recorde dos 100 metros com 10 segundo e 61 milésimos. Desde a escola, era a melhor no atletismo, melhor que os meninos.
Como sua família sempre achou que nasceu para correr, por isso assim que ela saiu da escola começou a treinar com uma profissional.
Maria Carolina Gomes Santiago
Maria é uma atleta Paralímpica e nadadora desde os 4 anos. Portadora da síndrome Morning Glory, perdeu sua visão e precisou interromper a prática e voltar só aos 27 anos. Dessa forma, fez sua estreia aos 36 anos nas paraolimpíadas e desde então vem ganhando medalhas, mesmo tendo uma idade avançada.
Chloe Kim
As mulheres estão presentes nos esportes na neve também! Sem dúvidas, Chloe é a maior atleta no snowboard. Com apenas 14 anos, participou x-games e foi a medalhista mais jovem, ademais, foi a mulher mais jovem a ganhar uma medalha de ouro nas olimpíadas de inverno.
Nos jogos de pequim de 2022, virou bicampeã na modalidade. Ainda mais, ganhou uma versão de si mesma nas bonecas barbie, estreou em filmes e até em caixas de cereais.
A força vem de dentro
Nesse sentido, conseguimos perceber que independentemente dos esteriótipos, da falta de uniformes, a presença de mulheres em esportes segue crescendo, quebrando barreiras e inspirando futuras gerações a se colocarem nesse universo.
É importante, que a sociedade começar a dar a visibilidade necessária para essas mulheres, bem como vimos na última copa do mundo feminino. Todavia, são diversos os talentos, que ficam apagados por conta dos esteriótipos.
Juntos, conseguimos mudar o jogo e quebrar essas barreiras.
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