história do sutiã

Conheça mais sobre a história do sutiã

O sutiã, uma das peças mais controversas e revolucionárias do vestuário feminino, tem uma história rica que espelha as mudanças sociais pelas quais as mulheres passaram ao longo dos séculos. De uma simples faixa de tecido usada pelas mulheres na Grécia Antiga a um símbolo de liberdade e empoderamento, o sutiã tem sido um indicativo das normas sociais, políticas e estéticas predominantes. Neste post, exploraremos a trajetória do sutiã, refletindo sobre sua evolução e seu impacto na sociedade.

Origens do sutiã

Na antiguidade, em civilizações como Grécia e Roma, as mulheres usavam faixas de tecido conhecidas como ‘strophium’ ou ‘mamillare’ para apoiar e cobrir os seios. No entanto, a concepção moderna do sutiã só começou a tomar forma no final do século 19 e início do século 20.

Antes disso, o espartilho era a norma – uma estrutura rígida, muitas vezes desconfortável, que restringia a respiração e a liberdade de movimento, tudo em nome de uma silhueta ‘ideal’.

Século 19 e a Era do espartilho

O espartilho foi um item dominante no guarda-roupa feminino durante o século 19. A peça, caracterizada por suas estruturas de aço ou baleia, comprimia a cintura e realçava os seios, impondo uma silhueta de ampulheta considerada desejável na época. No entanto, o uso prolongado de espartilhos apertados não só era desconfortável mas também prejudicial à saúde, levando a problemas respiratórios e deformidades esqueléticas.

Esses problemas de saúde, juntamente com o crescente movimento sufragista, que lutava pelos direitos das mulheres, criaram um ambiente propício para a invenção de alternativas ao espartilho.

A partir disso houve uma preocupação em deixar a peça mais confortável.

Primeiros protótipos modernos

Com o crescimento da Revolução Industrial, Herminie Cadolle decidiu que deveriam separar o espartilho em duas partes diferentes, uma para os seios e outra para a cintura – o que tornaria a peça um pouco mais confortável. A peça em questão foi patenteada em 1889 na França e se concretizou como o primeiro sutiã

Mary Phelps Jacob. que posteriormente mudou seu nome para Caresse Crosby, recebeu os créditos como a inventora do sutiã. Entretanto, sua ideia surgiu em 1913, quando criou uma peça para sustentar os seios e usar com um vestido mais fluido. Para isso, Caresse uniu dois lenços e algumas fitas para dar formato. 

Crosby não teria sucesso com sua peça e, por isso, optou pela venda da patente para a Warner Bros. O resultado disso foi o crescimento da comercialização do modelo e, também, a consequente popularização da peça.

Durante a década de 20, a então estilista Coco Chanel, começou a produzir modelos que deixavam os seios mais achatados. Ocorre que, 10 anos depois, o conceito de usar enchimentos para dar a impressão de seios mais fartos e aros para dar sustentação se tornaram mais comuns. 

Com o passar dos anos e o surgimento de novos tecidos nas confecções, sendo o nylon um exemplo, estes dariam mais elasticidade e conforto às mulheres. 

E claro, devido ao crescimento da globalização e o aumento ao acesso às informações, conseguimos usar e comprar modelos: de todos os tamanhos, com bojo, sem bojo, vários tipos de tecidos, cores, além de acessórios para deixar as peças mais confortáveis. 

A relevância do sutiã ao longo dos anos

O sutiã tem grande importância no dia a dia de muitas mulheres. Sua criação e evolução acompanha a história do mundo e, também, das mulheres. 

Década de 1920 a 1940

O sutiã rapidamente ganhou popularidade entre as mulheres, especialmente com o advento do estilo ‘flapper’ na década de 1920, que favorecia uma silhueta mais esguia e menos enfatizada nos seios. Os sutiãs da época eram relativamente simples e tinham como objetivo principal achatá-los.

No entanto, os anos 30 trouxeram inovações significativas, incluindo sutiãs com copas separadas e o uso de materiais elásticos, proporcionando mais conforto e uma aparência mais natural. A década de 1940 consolidou o sutiã como uma necessidade de moda, com designs mais estruturados surgindo para destacar a forma feminina, mesmo em tempos de guerra e austeridade.

Década de 1950: O Auge da “Era do Bullet Bra”

Na década de 1950, o sutiã tomou o centro do palco na moda íntima, particularmente com o surgimento do “Bullet Bra”. Este estilo, também conhecido como “pontiagudo” ou “cone”, caracterizava-se por suas copas em forma de cone, criando uma silhueta ultra-realçada. Ícones de Hollywood como Marilyn Monroe e Jane Russell popularizaram o estilo, solidificando a relação entre sutiãs, sex appeal e status de celebridade.

Década de 1960 a 1970: O Movimento Feminista

Os anos 60 e 70 viram a ascensão do movimento feminista e, com ele, um crescente questionamento do sutiã como símbolo de opressão. O famoso protesto da queima de sutiãs em 1968, embora amplamente simbólico, destacou o sutiã como uma forma de restrição cultural imposta às mulheres.

A década de 1970 testemunhou uma tendência em direção a uma aparência mais natural, com muitas mulheres escolhendo estilos de sutiã menos constritivos ou abandonando-os completamente.

Décadas de 1980 a 2000

No final do século 20, a moda íntima começou a celebrar a individualidade e o conforto. Surgiram sutiãs esportivos, projetados para suporte durante o exercício, além de variações para diferentes tipos de roupa, como o sutiã sem alças e o sutiã adesivo. Essa era também viu a ascensão das supermodelos, com a moda íntima se tornando cada vez mais ligada ao mundo do glamour e do luxo.

Diversidade e inclusão

O século 21 trouxe uma revolução em termos de diversidade. A disponibilidade de tamanhos e estilos aumentou, e a representação na mídia e na publicidade começou a mudar, afastando-se de padrões de beleza inatingíveis.

Paralelamente, discussões sobre gênero e sexualidade também influenciaram a percepção e uso do sutiã, introduzindo questões de identidade e preferência pessoal na escolha da lingerie.

A história do sutiã é rica e diversificada, ecoando as mudanças na sociedade, política e arte. De uma simples faixa de tecido na antiguidade a um símbolo de protesto feminista e agora um item de alta tecnologia, o sutiã ultrapassou suas origens como peça de vestuário para se tornar um ícone cultural em seu próprio direito.

Enquanto continuamos a redefinir os padrões de beleza e a abraçar a diversidade, o sutiã, em suas muitas formas, permanece um testamento do espírito humano, refletindo nossas lutas, conquistas e o eterno desejo de expressão individual.

Sutiãs CFL Lingerie

Os sutiãs são uma peça fundamental no universo da moda íntima feminina. Escolher o sutiã perfeito é um desafio para as mulheres. Afinal, é preciso encontrar um modelo que faz você se sentir confortável e confiante, além de ser uma peça que atenda às suas necessidades individuais com funcionalidade e estilo.

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